Soneto 45
						 
						Se a morte predomina na bravura
						Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
						Pode sobreviver a formosura, 
						Tendo da flor a força a devastar? 
						Como pode o aroma do verão
						Deter o forte assédio destes dias, 
						Se portas de aço e duras rochas não
						Podem vencer do Tempo a tirania? 
						Onde ocultar - meditação atroz -
						O ouro que o Tempo quer em sua arca? 
						Que mão pode deter seu pé veloz, 
						Ou que beleza o Tempo não demarca?  
						            Nenhuma! A menos que este meu amor
						
						           
						Em negra tinta guarde o seu fulgor. 
						
						
						William Shakespeare
						
						trad. Diego Raphael
						
                                                                       
                                                                    
			
      		
                                                                       
                                                                    
														
														
														
                                                                       
                                                                    
			
      		
                                                                       
                                                                    
												
		
														
					
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